O "Agora".

Perdão Reconhecer e reconciliar consigo e perdoar-se por tudo e por nada, sem dourar acontecimentos, sem esperar dicernimentos e silenciar... e quando na pressa da boca dizer:"PSIU!". "Perdoo-me a ti e a nós", pelo que sei, pelo que vem, pelo que nem sabia e pelo o que sequer queria saber. "Perdoo-me a ti e a nós", pela sombra e pelo pó, pelo que veio e pelo que foi-se, pelo o que vem e o que nunca irá ou virá "Perdoo-me a ti e a nós", pelo o que é impossível, intransponível e indissolúvel por fazer parte dessa mesma matéria luminosa e incandescênte. "Perdoo-me a ti e a nós", pela fragilidade e inconsistência, pela pouca distância às vezes dos meus braços para alcança-los em mim. "Perdoo-me a ti e a nós", pelo brilho que recebo, e pela divindade que oportuniza cada sopro de consciência. Te amo e sou grato por tudo que se materializa e disponibiliza um novo nível de entendimento que se realiza em nós. Não sei como tudo isso se manifesta, só sei que assim é feito! Te amo e sou grato pelos braços estendidos e mão fechadas que fazem a minha e nossas vidas a fazer-nos entender quão somos mais que a rotina dos dias e possíveis noites que se completam em si e se contemplam em nós. Somos algo no meio disso, latente e definido, perfeito e voraz por saber e ultrapassar o saber no espalhar, espelhar, somar com tantos quantos forem da minha e nossa permissão. Sublimar... Instinto e inspiração a caminho do bem maior, do tudo o que não separa, de tudo o que não transforma mas se reencontra e aceita-se. Que apenas mostra o que há debaixo dos véus... E diante dessa LUZ (azul), dessa pura Luz Infinita e penetrante clara e suave que nos cobre e nos descobre por nós, para nós, traduzida em realidade, (o que seja real), imprescíndivel, a existência máxima do ser "EU" e sua Identidade Própria. Não somos de fato o fato mas algo entre isso e aquilo para que tudo aconteça, logo somos o espaço e não o tempo, somos a interferência de algo poderoso onde tudo se CRIA e CURA. O "Agora". Álvaro Saraiva