Uma nova cidade

Quando se chega a uma nova cidade,
Retira-se o pó da outra.

Memórias milenares atormenta-nos,
querem a todo custo sustentarem-se
em mim e em nós.
Memórias atávicas, sugando nossos genes.

Até quando,
Essas memórias vão escravizar-nos?

Deus, onipotente, onipresente, oniciente,
em toda a sua plenitude e...
RIJO, LONGE,
fortalece-se com memórias que distanciam-nos ainda mais,
dele em nós,
Que tenho aprendido que é acessível e tocável,
Essa divindade em nós é a nossa identidade própria.
E continuamos transferindo para algo inatíngivel e
transcendental.

Quantas memórias há que transpôr-nos?
Quanta identidade falsa temos creditado?

Estamos fazendo de uma divindade próxima distante demais
por meras memórias mortais, que se deixam solidificarem,

Em solidão e consolo de um Pai inalcansável.

Se somos em nós o divino,
Que distância é essa que estamos tentando percorrer?

Até quando?..................................

O Deus em mim saúda o Deus em você e em nós.

Estamos próximos, e juntos e feitos a semelhança e imagem.

Não temos mais que procurar além de dentro de nós mesmos,
e arrancar essas memórias que nem se servem mais...
Tirar o pó e partir em retirada para uma nova consciência,
um novo Portal...um campo de infinitas possibilidades.
Sem distâncias, tempos ou espaços.

Que começa não sei como, no agora!

só sei que é assim, e continua...

sou grato!

Alvaro Saraiva

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